Como eu disse no post sobre liquidos do sistema de arrefecimento, só a válvula termostatica renderia um post, e rendeu. Eu resolvi abordar esse assunto, principalmente porque pessoas têm mania de tirar tal válvula, e agora vocês entendem os motivos.
Sabendo-se que a água vai passar pelas galerias do motor, tubos, bomba d’água, radiador e reservatório, fazendo um ciclo, você já possui o entendimento básico do sistema de refrigeração. No entanto, os engenheiros sempre colocam algo mais.
Enquanto o motor está frio, a válvula termostatica fica fechada, deixando a água circular apenas dentro do motor. Com isso, ele atinge certa temperatura e fica numa condição quase que perfeita de funcionamento. Deixar o motor quente logo no inicio ajuda na queima do combustível (principalmente álcool) e até na deformação que os pistões devem sofrer.
Quando o motor esquenta, normalmente a 70º C, a válvula se abre e o liquido começa a circular pelo sistema todo, passando pelo radiador, sofrendo troca de temperatura e voltando ao motor. A função do sistema de refrigeração não é deixar o motor gelado, mas sim impedir que ele passe da temperatura aceitável, que é na maioria dos casos, 125º C. Com o sistema trabalhando assim, o motor não fica muito frio e nem muito aquecido.
A desculpa que alguns mecânicos e até leigos dão para remover a válvula, é que com ela o motor fica sobre aquecido, mas isso é uma grande mentira. Como eu já disse antes, a válvula se abre antes dos 100º C. O que pode acontecer, é que a válvula tenha algum defeito e fique travada. Quando isso acontece, basta trocá-la.
É sempre bom ficar de olho nos componentes do sistema de arrefecimento. O mais visível é o radiador, mas você verifica o restante? Mangueiras com rachaduras, abraçadeiras corroídas, cebolão em perfeito estado de funcionamento. Aliás, foi bom ter falado do cebolão.
O cebolão do radiador tem o papel de medir a temperatura da água/motor. Pelo fato de ser um componente metálico e ficar em contato permanente com a água, que por muitas vezes não é a desmineralizada, acaba acontecendo uma corrosão.
Com o acumulo de sujeira no sistema, ou mesmo a falta dos fluidos necessários, a leitura da temperatura pode ficar comprometida. Você só vai perceber que o motor aqueceu quando ver aquele vapor subindo.
Caso o motor aqueça, nunca faça a besteira de abrir a tampa do radiador ou reservatório na mesma hora. O vapor é muito quente, e você vai ter sorte se apenas o vapor bater na sua cara. Se a água subir, você vai ficar parecendo aqueles caras derretidos no primeiro filme do Robocop.
Pare o carro, apenas abra o capô e espere. Depois de alguns minutos, o motor já vai estar mais frio e torna-se possível a abertura da tampa de maneira segura. Verifique se o nível de água está ok, tenha certeza de que o motor não sofreu danos e procure o mecânico, ou chame um guincho.
O sobre aquecimento pode causar vários problemas. Derretimento na junta do cabeçote, pistões deformados e até calço hidráulico. A junta do cabeçote se derrete e a água se mistura com o óleo ou entra na câmara de combustão. Como líquido não podem ser comprimidos, o pistão vai agir com força sobre a água e pronto. A biela entorta e o pistão até quebra, você conseguiu um calço hidráulico.
Já imaginou que tudo isso pode acontecer se o cara resolve economizar na hora de cuidar do sistema de arrefecimento por achar que qualquer água pode ir ali, ou que o cebolão não faz nada? Sei lá, depois dessa eu iria até a oficina mais próxima e faria um check up no carro!
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Sistema de frenagem
Parte 1
– Tudo o que anda tem que parar. Do que adianta estabilidade, dirigibilidade, conforto e potência se na hora de frear houver alguma falha? Por isso, fique atento quanto ao sistema
de freios pois a atenção deve ser redobrada com a Manutenção Preventiva. Ele é composto por cabos e cilindros, mas as peças mais importantes são as que atuam efetivamente na frenagem do carro:
discos, pastilhas e tambor. Estes componentes agem diretamente na roda do automóvel e fazem o carro parar quando se pisa no pedal.
Parte 2
- Geralmente, discos e pastilhas ficam localizados na parte dianteira, e são responsáveis por cerca de 70 a 80% da eficiência do freio de um carro. Esse conjunto tem melhor
performance, pois dissipa melhor o calor e a água, além de ter manutenção mais simples.
- Já o conjunto tambor / lona fica alojado na roda traseira. A revisão periódica em oficinas é recomendável a cada 5.000 km. Mas antes disso, dependendo da utilização do veículo, o sistema pode
apresentar algum problema. São eles: vibração e desvio de rota na hora de frear, curso muito longo da alavanca de freio de mão, altura do pedal (baixa e alta) e constantes barulhos quando se pisa
no freio. Outro componente a ser avaliado é o fluido do freio.
Parte 3
- Como ele absorve a umidade do ambiente, sua vida útil é de cerca de um ano ou 10.000 km. Passando disso, o fluído já estará com uma parcela significativa de água, diminuindo sua
eficiência no acionamento dos freios. A falta de fluido pode ocasionar a perda completa dos freios. O desgaste do sistema de freio e a falta de Manutenção Preventiva são garantias certas de
graves problemas. O mínimo que pode acontecer é o carro precisar de mais espaço para frear ou mesmo, em casos extremos, não frear na hora em que mais seja necessário.